quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Será?

Será que ainda me resta tempo contigo,
ou já te levam balas de um qualquer inimigo.
Será que soube dar-te tudo o que querias,
ou deixei-me morrer lento, no lento morrer dos dias.
Será que fiz tudo que podia fazer,
ou fui mais um covarde, não quis ver sofrer.
Será que lá longe ainda o céu é azul,
ou já o negro cinzento confunde Norte com Sul.
Será que a tua pele ainda é macia,
ou é a mão que me treme, sem ardor nem magia.
será que ainda te posso valer,
ou já a noite descobre a dor que encobre o prazer.
Será que é de febre este fogo,
este grito cruel que da lebre faz lobo.
Será que amanhã ainda existe para ti,
ou ao ver-te nos olhos te beijei e morri.
Será que lá fora os carros passam ainda,
ou as estrelas caíram e qualquer sorte é bem-vinda.
Será que a cidade ainda está como dantes
ou cantam fantasmas e bailam gigantes.
Será que o sol se põe do lado do mar,
ou a luz que me agarra é sombra de luar.
Será que as casas cantam e as pedras do chão,
ou calou-se a montanha, rendeu-se o vulcão.

Será que sabes que hoje é Domingo,
ou os dias não passam, são anjos caindo.
Será que me consegues ouvir
ou é tempo que pedes quando tentas sorrir.
Será que sabes que te trago na voz,
que o teu mundo é o meu mundo e foi feito por nós.
Será que te lembras da cor do olhar
quando juntos a noite não quer acabar.
Será que sentes esta mão que te agarra
que te prende com a força do mar contra a barra.
Será que consegues ouvir-me dizer
que te amo tanto quanto noutro dia qualquer.

Eu sei que tu estarás sempre por mim
Não há noite sem dia, nem dia sem fim.
Eu sei que me queres, e me amas também
me desejas agora como nunca ninguém.
Não partas então, não me deixes sozinho
Vou beijar o teu chão e chorar o caminho.
Será,
Será,
Será!


Pedro Abrunhosa

domingo, 23 de novembro de 2008

Lágrimas Negras

Jorge Mautner / Nelson Jacobina

Na frente do cortejo
O meu beijo
Forte como o aço
Meu abraço
São poços de petróleo
A luz negra dos teus olhos
Lágrimas negras saem, caem, doem
Lágrimas negras saem,caem, doem
Por entre flores e estrelas
Você usa uma delas como brinco
Pendurado na orelha
Astronauta da saudade
Com a boca toda vermelha
Lágrimas negras saem, caem, doem
São como pedras de moinho que moem
Roem, moem
E você, baby
Vai, vem,vai
E você baby
Vem, vai, vem
Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas
Pelo sofrimento
Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas
Pelo sofrimento
Lágrimas negras saem, caem, doem
Lágrimas negras saem, caem, doem

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sou eu para Vic


Oceano




Junto do mar, que erguia gravemente
A trágica voz rouca, enquanto o vento
Passava como o vôo do pensamento
Que busca e hesita, inquieto e intermitente,

Junto do mar sentei-me tristemente,
Olhando o céu pesado e nevoento,

E interroguei, cismando, esse lamento

Que saía das coisas, vagamente…

Que inquieto desejo vos tortura,

Seres elementares, força obscura?

Em volta de que idéia gravitais?

Mas na imensa extensão, onde se esconde

O Inconsciente imortal, só me responde

Um bramido, um queixume, e nada mais…


Antero de Quental

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Meu ”X”eiro, Meu Dengo, Meu “X”amego

Meu ”X”eiro, Meu Dengo, Meu “X”amego


Agradecer é muito pouco, com o tempo tornou-se um anjo protetor, um guardião, um cavaleiro (solitário Capitão da Meia Noite) cavalheiro que segue calado meus passos e quando eu menos espero aparece juntinho a mim sempre com as mãos estendidas cheias de amor. Amo-te de uma forma própria e única, como a um amigo incomparável e insubstituível como a um irmão, tenho pleno convencimento que seria muito difícil passar sem vc, pois se tornou imprescindível à minha vida. Porem, diante de tudo que já vivenciamos e do enorme respeito que lhe tenho, meu amor tornou-se fraternal, minhas lembranças e saudades são de um passado mágico cheio de um outro amor, loucuras de paixão e tantas outras coisas que ficaram envoltas em um manto sagrado que guardo em uma redoma de cristal na imortalidade das entranhas de minha vida eternizando assim nossos momentos...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Abelha Rainha

Mel

Ó abelha rainha, faz de mim
Um instrumento de teu prazer
Sim, e de tua glória
Pois se é noite de completa escuridão
Provo do favo de teu mel
Cavo a direta claridade do céu
E agarro o sol com a mão
É meio-dia, é meia-noite, é toda hora
Lambe olhos, torce cabelos
Feiticeira vamo-nos embora
É meio-dia, é meia-noite
Faz um zum na testa, na janela
Na fresta da telha
Pela escada, pela porta
Pela estrada toda afora
Ânima de vida
O seio da floresta amor empresta
A praia deserta zumbe na orelha: concha do mar
Ó abelha, boca de mel
Carmim, carnuda, vermelha
Ó abelha rainha, faz de mim
Um instrumento de teu prazer
Sim, e de tua glória.

de Caetano Veloso

domingo, 18 de maio de 2008

Fadas e duendes

Era um mundo sempre em mudança, sempre diferente conforme entrássemos pelo canto do muro velho, pela horta vizinha, ou pelo campo de jogos. Uma floresta imensa, digo-vos. Tinha para cima de cinqüenta pinheiros e dois ou três eucaliptos antigos, para não falar das duas famílias de duendes que a habitavam há várias gerações. Só fadas é que nunca conseguimos ver, por mais que fechássemos bem os olhos e fizéssemos força com o coração.

Tempo – tanto tempo…- depois passei por lá. Onde antes havia verde está agora o grupo columbófilo, casas, e mais acima uma escola. Cortaram as árvores, dizem-me. Eu cá não acredito. Não é fácil acabar com uma imensa floresta, é demasiadamente sábia. Nem arrasar com as casas dos duendes, desses nem vale a pena falar. Por mim acho que a floresta largou amarras e anda aí a navegar pelo céu à procura do país das florestas, manobrada pelas famílias de duendes.

E mais.
Vi a fada, e nem foi preciso fazer força com o coração nem fechar os olhos. Numa enorme parede, bem no centro da escola, lá estava ela, tal como a imaginava. Varinha mágica entre as mãos transparentes, o vestido de todas as cores, o sorriso mágico debaixo do véu, o rastro de estrelas. Olhava para o céu, tenho a certeza que sabia por onde andava a floresta, só passou por ali para deixar aos meninos pão com marmelada, figos e chocolate.


joão

sábado, 10 de maio de 2008

Lalaya, minha moleca

Fonte de mel

Caetano Veloso

Nos olhos de gueixa
Kabuki, máscara
Choque entre o azul
E o cacho de acácias
Luz das acácias
Você é mãe do sol
A sua coisa é toda tão certa
Beleza esperta
Você me deixa a rua deserta
Quando atravessa
E não olha pra trás
Linda
E sabe viverVocê me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Vocé é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é forte
Dentes e músculos
Peitos e lábios
Você é forte
Letras e músicas
Todas as músicas
Que ainda hei de ouvir
No Abaeté
Areias e estrelas
Não são mais belas
Do que você
Mulher das estrelas
Mina de estrelas
Diga o que você quer
Você é lindaE sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Gosto de ver
Você no seu ritmo
Dona do carnaval
Gosto de ter
Sentir seu estilo
Ir no seu íntimo
Nunca me faça mal
Linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Entregamos à justiça dos Orixás

Um babalawo me contou:
"Antigamente, os orixás eram homens.
Homens que se tornaram orixás por causa de seus poderes.
Homens que se tornaram orixás por causa de sua sabedoria.
Eles eram respeitados por causa de sua força,
Eles eram venerados por causa de suas virtudes.
Nós adoramos sua memória e os altos feitos que realizaram.
Foi assim que estes homens tornaram-se orixás.
Os homens eram numerosos sobre a Terra.
Antigamente, como hoje,
Muitos deles não eram valentes nem sábios.
A memória destes não se perpetuou
Eles foram completamente esquecidos;
Não se tornaram orixás.
Em cada vila, um culto se estabeleceu
Sobre a lembrança de um ancestral de prestígio
E lendas foram transmitidas de geração em geração para render-lhes homenagem".



Antonio Natalino Manta Dantas, nós te entregamos à justiça dos Orixás.

Surto de Imbecilidade com Diarreia Cerebral


O coordenador do curso de medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o professor Antonio Natalino Manta Dantas, responsabilizou os alunos do curso pela baixa nota atingida no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2007. Para ele, as notas se devem à inferioridade intelectual dos alunos de medicina da Ufba. O resultado ruim é por causa do "baixo coeficiente de inteligência (QI) dos alunos", disse. Em entrevista ao jornal 'Folha de S.Paulo' desta quarta-feira (30), Dantas, que é baiano, disse também que "O baiano toca berimbau porque só tem uma corda. Se tivesse mais [cordas], não conseguiria".


"A posição dele é totalmente preconceituosa, reacionária. No curso de medicina da UFBA não há ninguém despreparado, muito pelo contrário, os alunos estudam muito. Claro que a faculdade tem vários problemas, como todas têm, mas a posição do coordenador é absurda", disse Vilas Boas.


"Deve haver uma inferioridade do alunado baiano com relação ao de outros lugares", afirma. "Talvez o baiano tenha déficits com relação a outras populações. Afinal, a prova foi à mesma em todo o País." O Ministério Público Federal (MPF) da Bahia já instaurou procedimento administrativo para apurar a suposta discriminação do coordenador.


Dantas, que é baiano, citou que tal inferioridade de inteligência justificaria, entre outras coisas, o baixo desenvolvimento sócio-econômico do Estado, "apesar das grandes riquezas naturais", a popularidade do berimbau, "o típico instrumento de quem tem poucos neurônios", e a música de grupos tradicionais, como o Olodum, que ele qualificou como "barulho".


As afirmações causaram reações imediatas. O reitor da universidade, Naomar de Almeida, afirma estar indignado com as declarações, que considera "racistas e ignorantes", e promete atitudes imediatas contra o professor. "Esse professor não tem condições de continuar na função", afirma. Para o presidente do grupo Olodum, João Jorge Rodrigues, Dantas pode ser comparado a Hitler.


A ação administrativa do MPF vai investigar a suposta discriminação "racial ou de procedência" do coordenador. O procedimento foi instaurado pelo procurador Vladimir Aras, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão), ligada ao MPF. Ele também solicitou oficialmente informações da Reitoria da universidade sobre as providências que adotará em relação às declarações. "Como professor e coordenador do curso da UFBA, Dantas possui uma função pública e está sujeito à lei de improbidade administrativa na hipótese de dano moral difuso", afirma o procurador.
Segundo Vilas Boas, parte dos alunos de medicina boicotou a prova do Enade por não concordar com a metodologia.



Jaques Wagner o governador da Bahia considerou as declarações de Antonio Natalino Manta Dantas como um surto de imbecilidade.




quinta-feira, 1 de maio de 2008

O começo

O infinito com seus anjos compactuaram que eu e a Vic nos conhecêssemos em uma situação inusitada não só por sermos de estados da federação diferentes como em um momento digamos trágico que após os ânimos se amainarem tornou-se até cômico.
Somos os dois Bacharéis em Direito, advogados hoje juristas exercendo funções publicas próprias da carreira jurídica quando em um belo dia nos encontramos pelas cruzadas entre o bem e o mal nesse maniqueísmo que é a vida em si.
Bem, estávamos nos dois do lado dos moçinhos alias éramos os moçinhos naquele dia esperando “alguém” sem saber que seria a “Dra.” honestamente pensei que era o “Dr.”, mas graças a Deus foi realmente a “Dra.” e deste tumultuado conhecimento sem apresentações e formalidades burocráticas passamos a saber quem era quem, quem fazia o que, quem conduzia o qual.
Havia saído por alguns minutos de onde eu deveria estar e a “Dra.” ao chegar não me encontrou onde verdadeiramente, ou seja, por obrigação eu teria que permanecer uma vez que havia a confirmação de sua chegada teria que ser exclusivamente este bacharel quem deveria tê-la esperado a culpa exclusiva do incidente foi de minha responsabilidade e de toda a confusão, a “Dra.” preocupada, perplexa saiu do interior do prédio onde eu deveria estar e foi sentar-se junto a mim sem saber que realmente eu era o “Dr.” Que ela tanto almejava encontrar-se...
Seu objetivo? Entregar-me uma perigosa encomenda, retornando de imediato ao seu local de origem.
Bem, foi assim que a conheci estava sentando em um banco de jardim, em frente ao prédio que trabalho em uma sombra de uma arvore secular, com uma temperatura de +40° lendo um jornal de terno e gravata negros com óculos escuros quando a vi pela primeira vez, não nego tomei um susto era uma mulher alta, forte, ágil em media mais ou menos 1.85cm, intensa porem extremamente feminina, tbm toda de negro, óculos tbm escuros cabelos escuros com luzes douradas andando com uma rapidez enérgica pisando forte como se fosse para uma revolução ou uma guerra. Entrou sem causar alarde no aludido prédio onde trabalho, demorou alguns minutos e saiu feito um furacão. Retornou de onde havia saído e mais uma vez regressou e ficou parada por alguns instantes demonstrando impaciência. Veio na minha direção pediu-me cortesmente licença sentou-se ao meu lado, retirou os óculos escuros mostrando os belos olhos cor de mel e com uma boca carnuda, vermelha, linda, sorriu de desapontamento e começamos a conversa, aquela conversa sem graça só para puxar assunto e o tempo passar com mais rapidez. Após o rápido desabafo daquela fêmea enlouquecida pelo ódio da decepção e meu poder de observação dedutivo mesmo embotado com sua avassaladora presença conclui que era a “Dra.” que eu estava esperando como se fosse o “Dr.” e eu era o “Dr.” que ela tbm estava avidamente querendo encontrar.
Que susto para nos dois ELA branca, alva como uma européia, rubra em um misto de vergonha e fúria por haver pronunciado algumas palavras que não foram proferidas com a elegância digna da dama de negro do século 21 que se encontrava na minha frente.As rudes palavras ditas por uma “Dra.” a um “Dr.” provocaram um intenso gaguejar naquelas circunstâncias que não sabemos mesmo o que dizer e o que falar pq o pior já foi externado e consertar o que foi duramente pronunciado torna-se completamente impossível.
Nesse momento notei com toda a minha habilidade a menina que existia naquela mulher com porte de RAINHA que só com os olhos demonstrava a obstinação que só os heróis possuem de cumprir o acordado e o aprazado, ou seja, ELA era a personificação da força em forma de energia que com a mesma proporção demonstrou humildade ficando de pronto envergonhada, ruborizada e balbuciando pessimamente as palavras pedindo-me desculpas.
Nesse exato instante um grande amor começou que foi vivido em toda a sua intensidade. Vic despertou tudo que um dia reneguei, que não acreditei que existia, fez-me extremamente feliz compartilhando, dividindo segredos que até então eu classificava como obscenidades doentias. Foi muito difícil retirar o que se encontrar arraigado dentro do meu próprio eu e trocar o preconceito pelo conceito verdadeiro deixando-me ser conduzido e levado diante de um universo nunca dantes visitado com o intuito de refletir e pensar o quanto é diferente o “achar” sem ter a menor noção do real saber.
Vic apareceu na minha vida em um momento crucial de busca, de negativas existenciais e de uma enorme necessidade de conhecer o “novo” não um “novo” dantesco, totalitário, inibidor, compulsivo ou conclusivo, mas um “novo” do “bem” que me trouxesse novamente a vida em ebulição, com felicidade de uma forma não estereotipada ou pré-concebida, concluindo precisava ser feliz, muito feliz, retornar a vida, arriscar fazer loucuras por amor de amor para o meu amor em favor de um “nosso” amor.Vic me resgatou de uma vida tépida, cálida, morna, desprovida de paixão.
Convidei-a para irmos ao meu gabinete e no gélido ar condicionado poderíamos conversar de forma mais confortável e só ai tirei meus óculos escuros e li nos olhos dela o deslumbramento diante dos meus olhos verdes e vi o primeiro sorriso aberto, maroto, matreiro solidamente comportado que brotou em seus lábios sensuais que são mais belos que uma escultura.- Doutor, permita-me um comentário ...são mais bonitos que duas esmeraldas, que olhos lindos !!! disse-me ela.
Hoje com o passar dos anos e de tudo que vivemos sei que foi aí o momento mágico quando nossos olhos se cruzaram e levamos alguns segundos olhando cada um dentro da alma do outro como se nos apresentássemos avaliando-nos. Após tudo isso era um homem apaixonado por uma “Dra.” que esperava ser um “Dr.” que a única coisa que tinha conhecimento era função que ela desempenhava, que era corajosa pela missão bravamente desempenhada, que tinha os olhos da menina mais sapeca que eu já havia visto e a boca mais linda e perfeita que um homem pode sonhar beijar e os cabelos sedosos díspares dos cabelos grudados, armados, de escova ou sei mais o que... aonde um homem não pode tocar muito menos acarinhar, pois se transformam em algo disforme e feio por uma questão obvia de ser artificial.
Meu deus só ai pensei estou diante de uma verdadeira guerreira Uma guerreira bahiana, o andar era diferente, o sotaque era musica afinadíssima aos meus ouvidos. Pronto vou arriar minhas armas, abrir minha guarda, fazê-la ficar a vontade e esquecer “duas palavras feias” pronunciadas por esse tipo de mulheres aguerridas que sabem muito bem o que querem.
“ELA” como boa bahiana e excelente negociadora abandonando a beligerância proeminente de sua essência aceitou meu solícito convite para um almoço. A conduzi já considerando MINHA GUERREIRA a um hotel juntamente com sua comitiva.
Após uma hora fui buscá-la para juntos irmos a um pacifico restaurante. E ai sim, que obtive a mais completa absoluta das certezas que Vic até então uma “Dra.” e que eu esperava um “Dr.” era a mulher que eu amaria por toda a minha existência.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Ausência
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são docesPorque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vidaE eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperadosPara que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoadaQue ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.


Vinícios de Moraes

sábado, 19 de abril de 2008

Momentos e Eternidades

Existem momentos na vida...


Em que as palavras perdem o sentido...
ou parecem inúteis...
E por mais que a gente pense numa forma de empregá-las...
elas parecem não servir.
Então a gente não diz nada... se cala... e apenas sente !!!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Rainha Victoria Catharina

"...Mas falando em BDSM, considero-me masoquista e podólatra e me identifico com o Universo da Dominação Feminina, sou fascinado pelo Matriarcado, pelas Amazonas, pela forca do Feminino e pelas Deusas. Sou atraído pela aquela mulher que combina o seu lado meigo, alegre, maternal com um outro felino, guerreiro, inflamado e cruel! "...Na sua fria aliança, a sentimentalidade e a crueldade feminina fazem o homem refletir, e constituem o ideal masoquista..."
Vagalume

Rainha Victoria Catharina

"Sou aquilo que tu quiseres que eu seja, sou aquele que te traz sempre no pensamento apesar da distância e de todas os obstáculos na nossa vida. Mas não é por isso que eu vou deixar de te ter sempre presente em mim, e é por isso que eu te amo....muito"
Blog: No silencio da noite